A previsão de custos e a avaliação de viabilidade financeira são pilares essenciais para o sucesso de qualquer empreendimento em engenharia. Conforme explica Ricardo Chimirri Candia, decisões bem fundamentadas dependem de métodos estruturados, que permitam antecipar riscos, estimar investimentos e garantir retornos compatíveis com os objetivos do projeto. Nesse contexto, aplicar ferramentas analíticas e modelos econômicos eficientes é um diferencial competitivo para engenheiros e gestores.
Este artigo apresenta as principais técnicas utilizadas para estimar custos e analisar a viabilidade financeira de projetos de engenharia, considerando os critérios mais adotados na prática profissional. A seguir, são abordados três tópicos fundamentais: estimativas orçamentárias, indicadores de viabilidade e análise de sensibilidade.
Estimativas orçamentárias: base para a viabilidade financeira de projetos de engenharia
A primeira etapa na análise de viabilidade de um projeto de engenharia é a elaboração de estimativas orçamentárias detalhadas. Essa previsão envolve a identificação dos custos diretos, como materiais, mão de obra e equipamentos, e dos custos indiretos, como despesas administrativas, impostos e seguros. O uso de composições unitárias e bases referenciais, como SINAPI ou TCPO, facilita a padronização dos valores.

Além disso, é fundamental aplicar técnicas de orçamento por fases, como a estimativa preliminar, a estimativa analítica e o orçamento executivo. Cada uma delas tem papel específico conforme o grau de detalhamento e a maturidade do projeto. Segundo o engenheiro Ricardo Chimirri Candia, essa abordagem incremental permite ajustes progressivos e torna o planejamento mais preciso à medida que novas informações surgem.
Indicadores de viabilidade econômica: decidindo com base em dados
Uma vez definidos os custos estimados, o próximo passo é avaliar se o investimento é financeiramente viável. Para isso, utilizam-se indicadores econômicos que medem o retorno e o risco do projeto. Os principais são o Valor Presente Líquido (VPL), a Taxa Interna de Retorno (TIR), o Payback e o Índice de Lucratividade (IL). Cada métrica revela uma faceta do desempenho econômico esperado. Esses indicadores permitem comparar alternativas de investimento e selecionar aquelas que entregam maior retorno com menor exposição.
O VPL, por exemplo, indica quanto o projeto agregará em valor presente, descontando os fluxos de caixa futuros com base em uma taxa mínima de atratividade. Já a TIR mostra a taxa de retorno esperada, sendo útil para comparar com o custo de capital. Como evidencia Ricardo Chimirri Candia, esses indicadores não apenas facilitam a escolha entre alternativas, como também servem de argumento técnico para obtenção de financiamento.
Análise de sensibilidade: antecipando incertezas e riscos
Mesmo com boas estimativas e indicadores financeiros positivos, todo projeto está sujeito a incertezas. Por isso, a análise de sensibilidade é uma técnica indispensável para testar a robustez dos resultados diante de variações nos parâmetros-chave. Essa ferramenta permite simular cenários com alterações nas premissas, como aumento de custos, atraso na execução ou queda na receita prevista. Com isso, o gestor consegue identificar os limites de tolerância do projeto e antecipar estratégias de mitigação de riscos.
Nesse sentido, ao identificar as variáveis mais sensíveis, aquelas que, quando alteradas, impactam significativamente o resultado do projeto, o gestor pode antecipar medidas de mitigação. De acordo com Ricardo Chimirri Candia, engenheiro concursado desde 1990, esse tipo de análise fortalece a resiliência financeira do empreendimento, contribuindo para tomadas de decisão mais conservadoras e eficazes em ambientes incertos.
Em conclusão, a aplicação de técnicas para prever custos e avaliar a viabilidade financeira de projetos de engenharia é essencial para evitar desperdícios, atrasos e decisões mal planejadas. Para o engenheiro Ricardo Chimirri Candia, a engenharia moderna exige mais do que domínio técnico: requer capacidade de análise financeira, visão estratégica e gestão de riscos. Assim, prever, medir e adaptar-se torna-se a chave para transformar boas ideias em resultados concretos.
Autor: Valery Baranov