A construção modular vem ganhando força no setor da construção civil, e como aponta Paulo Twiaschor, essa metodologia tem potencial para revolucionar o modo como projetamos e executamos obras no Brasil. A construção modular consiste na fabricação de módulos prontos em ambientes controlados, que são posteriormente transportados e montados no local da obra. Essa técnica permite acelerar os prazos de entrega e garantir mais controle sobre a qualidade dos materiais e da execução.
Por isso, compreender suas vantagens, desafios e tendências é essencial para profissionais e investidores que desejam se manter competitivos no mercado. Saiba mais sobre o assunto, a seguir!
Quais são as principais vantagens da construção modular?
A principal vantagem da construção modular é a rapidez na entrega dos projetos. Como os módulos são produzidos simultaneamente ao preparo do terreno, o tempo total de obra pode ser reduzido em até 50%. Ademais, a construção modular proporciona maior previsibilidade de custos, já que o ambiente industrial minimiza desperdícios e permite um controle mais preciso sobre materiais e mão de obra. Outro benefício relevante está na redução do impacto ambiental, com menos entulho e uso racional de recursos naturais.

Além da agilidade e sustentabilidade, a construção modular também se destaca por sua flexibilidade de design e padronização de processos. É possível personalizar projetos sem perder a eficiência típica das produções em série. Paulo Twiaschor ressalta que essa abordagem é vantajosa em obras públicas, habitações populares e empreendimentos comerciais, onde prazos e custos são fatores críticos. A construção modular facilita manutenções futuras e ampliações, pois os módulos podem ser substituídos ou adaptados com facilidade.
Quais desafios ainda dificultam a expansão dessa técnica no Brasil?
Apesar de suas vantagens, a construção modular ainda enfrenta barreiras significativas no Brasil. Um dos principais entraves é a falta de conhecimento técnico entre profissionais da área. Muitos engenheiros, arquitetos e construtores ainda não estão familiarizados com o sistema, o que dificulta sua adoção em larga escala. Segundo Paulo Twiaschor, essa limitação técnica precisa ser superada com capacitação e incentivo à inovação dentro das universidades e empresas do setor.
Outro obstáculo importante é a ausência de regulamentações específicas e padronizadas que atendam às necessidades da construção modular. Isso gera insegurança jurídica e dificulta a aprovação de projetos junto aos órgãos reguladores. É essencial que os legisladores e entidades normativas criem diretrizes claras para fomentar o uso da construção modular no país. A adaptação do mercado de fornecedores e a logística para transporte de módulos também são desafios logísticos que precisam ser considerados.
Quais são as tendências para o futuro da construção modular no Brasil?
Com o avanço da tecnologia e a crescente demanda por soluções sustentáveis, a construção modular tende a se consolidar como uma das principais alternativas construtivas no Brasil. A digitalização dos processos, por meio de ferramentas como o BIM (Modelagem da Informação da Construção), tem tornado os projetos mais precisos e integrados. De acordo com Paulo Twiaschor, a tendência é que a construção modular evolua junto com essas tecnologias, tornando-se ainda mais eficiente e acessível.
Além disso, há uma crescente valorização da sustentabilidade e da economia circular na construção civil, o que favorece o modelo modular. A reutilização de módulos, a redução de resíduos e o menor consumo de energia durante a obra são características alinhadas às exigências do mercado atual. Grandes construtoras e startups do setor já estão investindo nesse modelo, o que indica um futuro promissor para a construção modular no Brasil, especialmente em grandes centros urbanos e regiões com déficit habitacional.
Entretanto, é fundamental superar os desafios regulatórios e técnicos para garantir sua adoção em larga escala. À medida que mais profissionais e empresas reconhecem seu potencial, a construção modular tende a se tornar um dos pilares da nova geração de obras no país. Por fim,investir nessa abordagem é uma decisão que une inovação, responsabilidade e competitividade.
Autor: Valery Baranov