O advogado especialista Dr. Christian Zini Amorim aponta a complexa relação entre o agronegócio e a legislação ambiental. Para muitos produtores, o campo é um lugar de produção, tradição e herança. Mas, com o avanço das normas ambientais e a exigência crescente por regularização, tornou-se também um espaço de burocracia e risco jurídico. O desafio é conciliar produtividade com legalidade, sem comprometer o negócio nem o meio ambiente.
Em tempos de fiscalização mais rigorosa e valorização de práticas sustentáveis, ignorar a regularização ambiental pode ser um erro caro. Áreas desmatadas, reservas legais não delimitadas e ausência de inscrição no CAR (Cadastro Ambiental Rural) podem gerar multas, embargos e até perda de crédito bancário. A boa notícia é que há caminhos viáveis, e o apoio jurídico adequado pode fazer toda a diferença.
Por que a regularização ambiental é um tema tão urgente?
Porque as exigências legais mudaram e o produtor que não se adequa pode ficar para trás. A inscrição no CAR, por exemplo, deixou de ser apenas uma obrigação burocrática: ela é, hoje, o ponto de partida para acesso a financiamentos, programas de recuperação e validação da regularidade ambiental. O Dr. Christian Zini Amorim reforça que propriedades irregulares perdem valor de mercado e atraem penalidades.

Cada vez mais os mercados nacionais e internacionais exigem práticas sustentáveis e rastreáveis. Sem regularização, o produtor se torna invisível para essas cadeias. A urgência, portanto, não é só jurídica, é econômica. A regularização não impede o avanço do agro. Pelo contrário, permite que ele cresça com mais respaldo, reconhecimento e sustentabilidade, afinal, inconformidades ambientais podem afetar o negócio no futuro.
Quais os principais desafios enfrentados pelos produtores?
Desinformação, burocracia e custo. Muitos produtores desconhecem as regras ou têm informações incoerentes sobre o que precisam cumprir. O Dr. Christian Zini Amorim, advogado especialista, destaca que muitas vezes, o produtor tropeça em exigências que mudam de estado para estado, ou de órgão para órgão. É comum enfrentarem obstáculos técnicos e falta de orientação ao tentarem se regularizar.
A confusão entre áreas consolidadas, de preservação permanente e reserva legal é outro desafio. Sem um levantamento técnico preciso, a propriedade pode ser embargada indevidamente ou ficar fora de programas de regularização como o PRA (Programa de Regularização Ambiental). É por isso que o trabalho integrado entre advogado e técnico ambiental se tornou essencial no campo.
Como o apoio jurídico pode destravar o processo?
Com estratégia e clareza. O advogado especializado orienta o produtor sobre o que é exigido pela legislação federal, estadual e até municipal. O Dr. Christian Zini Amorim destaca que o apoio jurídico ajuda na elaboração de termos de compromisso, defesa em autos de infração, revisão de cadastros e negociação com órgãos ambientais. Em muitos casos, o produtor tem direito a prazos, recursos ou programas de recuperação que desconhece.
Produzir com segurança é produzir melhor
Para o advogado especialista Dr. Christian Zini Amorim, o produtor que entende que a regularização ambiental não precisa ser um fardo, mas um diferencial competitivo, se antecipa, evita prejuízos e protege seu legado. Não se trata apenas de cumprir regras, mas de garantir longevidade ao negócio rural. O desafio é fazer a força do campo caminhar em sintonia com a sustentabilidade e a segurança jurídica. Com apoio técnico e jurídico adequado, é possível transformar obrigações legais em oportunidades de crescimento.
Autor: Valery Baranov